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Migrações: ONG pede a países europeus que “assumam a responsabilidade” por navio humanitário

13/08/2018

Redação, 13 ago (Lusa) – A presidente da ONG SOS Mediterrâneo, Sophie Beau, pediu hoje “que todos os países europeus assumam as suas responsabilidades” para encontrar um porto seguro para o navio humanitário Aquarius, que resgatou 141 pessoas na sexta-feira.

O Aquarius “está em posição entre Malta e a ilha italiana de Lampedusa”, disse à AFP Sophie Beau, cofundadora da ONG europeia, em conjunto com o alemão Klaus Vogel.

A associação já teve duas “respostas oficiais negativas” de Malta e Itália para acolher o navio.

“Pedimos a todos os Estados europeus para encontrar uma solução. Eles são chamados a assumir a responsabilidade de encontrar um porto seguro no Mediterrâneo”, acrescentou Beau, assumindo ainda que a situação atual é “a total contradição da lei marítima internacional”.

“Sobreviventes relataram que cinco navios passaram por eles sem parar, e hoje não há navios na zona de perigo, estamos muito preocupados”, disse a presidente da SOS Mediterrâneo.

O Aquarius recuperou na sexta-feira 141 pessoas na costa da Líbia, em duas operações separadas, sendo que metade delas são crianças e um terço mulheres, disse Beau.

Na manhã de sexta-feira, o barco recuperou 25 migrantes a bordo de um pequeno barco de madeira.

Já na parte da tarde, o navio humanitário resgatou 116 pessoas, incluindo 67 menores não acompanhados, na sua maioria provenientes da Somália e da Eritreia, que estavam num barco de madeira, sobrelotado, sem comida ou água.

“Os guardas costeiros que asseguraram o resgate disseram-nos que não nos poderiam dar um porto seguro. A Líbia não é um porto seguro”, disse Sophie Beau.

No domingo, um barco de 11 pessoas que navegava nas áreas maltesas atracou entre a zona de Malta e a zona italiana. Foi tomado pela guarda costeira italiana, garantiu a presidente da ONG.

Em junho, o Aquarius recuperou 630 migrantes da Líbia, mas Itália e Malta recusaram o desembarque desses migrantes. A odisseia do navio terminou no porto espanhol de Valência. O Aquarius ficou então um mês em escala técnica em Marselha.

No sábado, o ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, líder da extrema-direita, disse que o Aquarius “de propriedade de um armador alemão com uma bandeira de Gibraltar”, “nunca veria um porto italiano”.

Por sua vez, o ministro dos Transportes italiano, Danilo Toninelli, disse que deveria ser a Grã-Bretanha a receber os 141 migrantes resgatados pelo Aquarius.

MYMM // VM

Lusa/Fim

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